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Errol Garner

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Antonio Carlos Jobim




Costuma-se dizer que Antonio Carlos Jobim, mais conhecido como Tom Jobim, foi um dos maiores compositores do século XX. Tom é o nosso Col Porter. Cada uma da imensa quantidade de composições suas tornaram-se famosas e mundialmente conhecidas. Podemos citar algumas: Garota de Ipanema, Corcovado, O Amor em Paz, Águas de Março, Orfeo Negro, Água de Beber, Desafinado, Dindi, Insensatez,, Meditação, etc, etc, etc...Nos anos 60 sua música teve uma grande influência sobre a música norte americana e o aporte ao Jazz foi quase que imediato. A maioria de suas composições se tornaram standards que foram interpretados por dezenas de vocalistas e músicos de Jazz como por exemplo: Stan Getz, Ella Fitzgerald, Oscar Peterson, Herbie Hancock, Chick Corea, Quincy Jones, Cannonball Adderly, Joe Henderson, entre muitos outros. No vídeo abaixo, a vocalista Carmen McRae, nos brinda com uma interpretação personalíssima de uma das mais célebres canções de Jobim> "Chega de Saudade", conhecida em inglês como " No More Blues". Boa audição!!!






Donald Byrd








Um dos trompetistas mais versáteis da época do Be-bop e correntes posteriores, foi Donald Byrd, que também, foi um dos pioneiros do Funk e do Soul. Já no final da carreira, acercou-se da Música Pop. Seus melhores anos no Jazz, foram àqueles em que tocou e gravou com Pepper Adams. Embora tivesse desenvolvido um estilo muito pessoal, havia nele, uma certa semelhança aos estilos de Lee Morgan e Miles Davis. No vídeo abaixo, uma faixa do Álbum gravado em 1961, pela selo Blue Note "The Cat Walk". Acompanham-no: Pepper Adams (sax barítono), Duke Pearson (piano) e Laymon Jackson (bateria). Boa audição!






domingo, 4 de dezembro de 2016

Stephane Grappelli - (Paris, 26 de janeiro de 1908 — Paris, 1 de dezembro de 1997)








O violinista francês Stephane Grappelli é o mais importante e famoso expoente do violino, na história do jazz. Foi membro fundador do célebre Quintette du Hot Club de France, com o guitarrista Django Reinhardt, em 1934, conjunto que viria a exercer uma significativa influência mundial. A carreira de Grappelli sempre esteve em ascenção. Tocou com os mais importantes músicos de jazz, como por ex: Duke Ellington, Oscar Peterson, Gary Burton, Joe Pass, Michel Petrucciani e outros. Recebeu a estima e admiração tanto de músicos clássicos quanto os de jazz. No vídeo abaixo, ele se apresenta em Varsóvia, ao lado do pianista MacCoy Tyner e do guitarrista Marc Fossett. Sem dúvida alguma, um deslumbre! Boa Audição!!!










quarta-feira, 23 de novembro de 2016

John Coltrane - (Hamlet, Carolina do Norte, 23 de setembro de 1926 — Long Island, Nova Iorque, 17 de julho de 1967)






A importância e a influência de John Coltrane no Jazz Contemporâneo são imensas! Sua espiritualidade profunda esteve sempre em consonância com a sua criatividade e técnica instrumental, que veio a se refletir em seu mais famosos álbum: "A Love Supreme". Esse foi o marco que mudou a sua produção musical e artística em 1964, embora nesse sentido , a mudança já estivesse ocorrendo com "Giant Steps", bem como com gravações subsequentes  à sua associação com Miles Davis. "Meditations", catalogada como Jazz Avant-Garde, causou grande polêmica em sua época e foi uma das últimas gravações com McCoy Tyner e Elvin Jones. Indiscutivelmente, esse foi um dos períodos mais espiritualmente importantes e intensos, pós "A Love Supreme". No vídeo abaixo, Coltrane interpreta "Love", do álbum Meditations. Boa Audição!



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Ellis Marsalis,







Pouca gente sabe que o pianista ELLIS MARSALIS é o cabeça de uma das famílias mais musicais e mais célebres de Nova Orleans. Ellis começou tocando clarinete e sax tenor e, mais tarde decidiu-se pelo piano. Hoje ele é um respeitado pianista de jazz, e é considerado o pioneiro do movimento Jazz Moderno. Além de músico, Marsalis é, também, um educador de prestígio. É pai de Branford Marsalis (sax), Wynton Marsalis (trompete). Delfeayo Marsalis (trombone) e Jason Marsalis (bateria), todos músicos que alcançaram êxito por seus próprios méritos. Marsalis foi um grande amigo e admirador de Wynton Kelly, razão pela qual deu a um dos seus filhos, o nome de Wynton. Em sua tragetória recebeu  numerosos prêmios e homenagens. Sua discografia é vastíssima. Aos 81 anos dirige uma série de instituições educativas voltadas para a promoção e preservação do Jazz.. Ellis recebeu influências de outros músicos, como por exemplo: Terence Blanchard e Nicholas Payton (trompetistas), Harry Connick Jr (pianista, ator e vocalista), todos de Nova Orleans. No vídeo abaixo, podemos ver e ouvir o mestre Marsalis, tocando com músicos de outras gerações, no The New Orleans Jazz & Heritage Festival 2012 . Boa audição!













sábado, 29 de outubro de 2016

Paul Desmond




O nome de Paul Desmond está entre os mais destacados saxofonistas altos do jazz moderno. Além de ter se tornado mundialmente conhecido através do célebre 4teto de Dave Brubeck, ele fez associações importantes com outros músicos de renome, além de dirigir seus próprios conjuntos. O som que conseguia extrair do sax alto era muito pessoal e suas improvisações eram refinadas, inteligentes e muito criativas, graças à técnica refinada que desenvolveu. No registro abaixo, Paul se apresenta com Gerry Mulligan e Dave Brubeck no ano de 1971. Boa audição!


Gerry Mulligan e Chet Baker






No começo dos anos 50, o 4teto sem piano de Guerry Mulligan e Chet Baker, se transformou em um dos mais inovadores, importantes e influentes do período cool. Depois de uma breve separação, ambos os músicos, gravaram em 1957 o Album "Reunion", hoje de coleção... Posteriormente, cada um seguiu sua carreira por conta própria, durante alguns anos. Em 1974 voltaram a se reunir em um célebre concerto no Carnegie Hall, que viria a ser considerado uma verdadeira pérola musical. Naquela oportunidade, o conjunto se apresentou com um número maior de músicos, no qual incluía o então jovem John Scofield na guitarra, que fazia ali, a sua estréia, com grandes músicos e, em um cenário de grande importância. Dessa memorável ocasião, podemos ouvir, no registro abaixo, um dos temas clássicos do repertório de Mulligan: "Line for Lyon" e, na sequência, uma faixa do album "Reunion": Stardust, que eu adoro. Boa audição






terça-feira, 23 de agosto de 2016

Toots Thielemans - (29 de abril de 1922, Bruxelas, Bélgica - 22 de agosto de 2016, Bruxelas, Bélgica)



Adeus à Toots Thielemans!

O mais célebre executante da gaita no Jazz, o belga Toots Thielemans, faleceu hoje (22/08) na Bélgica, enquanto dormia, aos 94 anos de idade. Seu primeiro instrumento foi o acordeon, quando tinha apenas 3 anos de idade. Com o tempo aprendeu a tocar gaita e guitarra.




No Jazz, ele se destacou como o mais famoso executante da gaita, embora se apresentasse, algumas vezes, tocando guitarra. Tinha uma grande habilidade para solar de improviso e, também, de executar melodias assoviando.
Thielemans descobriu o Jazz durante a ocupação alemã em seu país (Bélgica). Muitos de seus familiares e amigos possuiam discos de Jazz que o deixavam fascinado. Depois de ouvir Django Reinhardt e Stephane Grappelli, começou a tocar Jazz em sua gaita, com uma desenvoltura técnica e emocional pouco comuns. Terminada a guerra, passou a tocar com os músicos do seu país, até que, no final da década de 40, Benny Goodman convidou-o a incorporar-se à sua Orquestra, depois de haverem tocado juntos na Europa. Dificuldades com o visto, não lhe permitiram entrar nos EUA até 1951. Em 1958 nacionalizou-se norte americano.


Uma de suas primeiras atuações nos EUA, foi com Charlie Parker e Miles Davis. Tocou guitarra durante algum tempo com o Quinteto de George Shearing. No ano de 1961 gravou sua mais famosa composição: "Bluessette", que viria a se tornar um standard do Jazz. Trabalhou com Chet Baker, Bill Evans e outros grandes músicos do jazz, patrocinados por Norman Granz. Fez parte de filmes famosos, como "Midnigth Cowboy", "The Getaway", "Sugarland Express", "Turks Fruit" e "Jean  de Florette".



Thielemans gravou e tocou em concertos com muitos músicos famosos tais como: Ella Fitzgerald, Quincy Jones, Natalie Cole, Diana Krall, Johnny Mathis, Pat Metheny, Leny Andrade, Elis Regina, Herbie Hancock, Jaco Pastorius, Joe Lovano, Oscar Peterson e muitos outros. Nos últimos anos de sua carreira tocou regularmente com o pianista Kenny Werner. A partir de 2014 começou a cancelar concertos em função de alguns problemas de saúde.

Como líder Toots gravou 26 álbuns aos quais se agregam mais de meia centena de outros dos quais tomou parte, como integrante de diversos conjuntos.



Em 2011 o Rei Alberto II da Bélgica, lhe outorgou o título de Barão. Nesse mesmo ano foi nomeado Professor Honoris Causa de duas Universidades belgas. Em 2008 recebeu o Prêmio NEA JAZZ MASTER 2009. No ano seguinte, obteve o Prêmio Amsterdan Concertgebouw Jazz Award, na Holanda. 

No vídeo abaixo sua mais famosa composição> Bluessette. Boa audição.

R.I.P. Toots Thielemans!!!!!!












segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Marian McPartland - 20 de março de 1918, Slough, Reino Unido - 20 Agosto de 2013 )


Recordando a lendária Marian McPartland












Marian McPartland, uma das mais queridas e famosas pianistas de Jazz, morreu há três anos, em Port Washington, NY. Pianista de extraordinária técnica e swing, além de refinado gosto musical, McPartland  foi uma das poucas mulheres de sua geração que conseguiu espaço em um mundo dominado quase que exclusivamente por homens.

Marian nasceu em Londres e iniciou os estudos musicais na famosa Guildhall School Of Music And Drama Nos anos 40 mudou-se para os EUA onde residiu até sua morte. Marian foi uma notável compositora, também. Em 1958 foi uma das poucas mulheres retratadas na famosa fotografia "A Great Day in Harlem". Sua carreira musical nos EUA teve inicio com o selo Savoy, em 1951 quando lançou seu album "Jazz At Storyville. Sua carreira como comentarista de Jazz em programa de rádio começou em 1964 na WBAI-FM, onde entrevistava músicos  e tocava discos dos convidados. Seu programa mais importante foi, Marian McPartoland Piano Jazz, em 1978 na NPR. Marian também publicou uma coleção de ensaios em 1975 . Marian inspirou o Documentário "In Good Time, The Piano Jazz Of Marian McPartland e tomou parte  do Documentário "The Girls In The Band", sobre a história da participação das mulheres no Jazz.. Hoje Marian é lembrada como uma das grandes estrela do Jazz.













sábado, 20 de agosto de 2016

Flip Phillips - (26 de março de 1915 - 17 de agosto de 2001)







O mundo do Jazz relembra, neste mês de agosto, os 15 anos da morte do saxofonista tenor e clarinetista Flip Phillips, uma das estrelas dos lendários concertos e jam sessions intitulados "Jazz At The Philharmonic", organizados por Norman Granz, entre 1946 e 1957. Flip tornou-se conhecido quando era integrante da Orquestra de Woody Herman. Em 1949 dirigiu sua própria orquestra. Tocou, como solista, com Billie Holiday. Flip era versátil e não se prendeu a um único estilo. Fez incursões pelo pelo swing, o mainstream, o be-bop e o west coast. Possuia um som sólido e firme, em contraste a alguns contemporâneos seus um pouco mais jovens, como Stan Getz por exemplo. No vídeo abaixo vamos ouvi-lo e ve-lo, ao lado de músicos de várias gerações, em um concerto realizado no Carnegie Hall e organizado por um entusiasta do Jazz: Clint Eastwood. A orquestra foi dirigida por Jon Faddis e os solistas são: Charles McPherson, James Moody, Roy Hargrove, Joshua Redman, James Rivers e Flip Phillips, executando o último solo. Boa audição!





Frank Rosolino - (20 de agosto de 1926, Detroit, Michigan, EUA - 26 de novembro de 1978, Van Nuys, Los Angeles, Califórnia, EUA)





Uma das maiores tragédias, ocorridas no mundo do Jazz, foi a forma como o trombonista Frank Rosolino, saiu de cena, após uma brilhante carreira. Em 1978 sua esposa suicidou-se, episódio que deixou Rosolino completamente desequilibrado. Poucos meses depois desse lamentavel incidente, Rosolino foi acometido de uma crise de fúria, levando-o a disparar contra seus dois filhos e, em seguida, em si mesmo. Rosolino e um dos seus filhos morreram instantaneamente, porém, o outro, Jason Rosolino, conseguiu sobreviver. Rosolino tinha outros dois filhos maiores: Passis e Falecia (esta última, fruto de um matrimônio anterior). Este ato tresloucado, no entanto, não diminuiu o carinho de seus três filhos, que compreenderam, a irracionalidade do gesto. Tão pouco sua fama como um gigante do trombone, no Jazz Moderno, foi abalada. No vídeo abaixo, podemos constatar e apreciar sua genialidade musical. Boa audição!



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Keith Jarret - (Allentown, 8 de maio de 1945)




Keith Jarret é um indiscutível mestre do piano jazzístico contemporâneo. À grosso modo poderíamos situar os pianistas surgidos no jazz a partit dos anos 60 num espectro que tem num dos polos Keith Jarret e no outro Chick Corea. Menino prodígio musical, Jarret começou a tocar piano aos três anos de idade, fez um recital aos sete anos e já era músico profissional na adolescência. Em 1962 entrou para a Berklee School of Music e logo estava liderando seu próprio grupo. Em 1965 mudou-se para Nova Iorque. Passou alguns meses com os Jazz Messengers, de Art Blakey e depois ficou de 1965 a 1969 com o Charles Lloyd Quartet. Tocou entre 1969 e 1971 com Miles Davis, no histórico grupo que fundou o jazz-rock (em 1969 dividia a cena com Chick Corea), e após esse período lançou-se definitivamente na carreira solo. Jarret passou quase toda a carreira gravando para o selo ECM, do qual é, muito provavelmente, a estrela máxima. O resultado é uma volumosa discografia. Em 1983, já consagrado,, formou com o contrabaixista Gary Peacock e o baterista Jack DeJohnette, um trio para a gravação dos dois volumes de "Standards" (o 2º vol. saiu em 1985), grupo esse que se mantém ativo até hoje.. O Jarret Standards Trio, como é informalmente  conhecido, veio a se tornar efetivamente  um ponto de referência dentro da música contemporânea de câmara.. As interpretações de Jarret são temperadas por leves excentricidades  cênicas. Ele tem, por exemplo, o hábito de murmurar ou cantarolar enquanto toca, a exemplo de Errol Garner, Glenn Gould... Ocasionalmente, também, se levanta da banqueta para tocar de pé, etc. No entanto, assim como ocorria com Gould ou Garner, tais excentricidades ficam em segundo plano, nunca chegando a ofuscar o compromisso total de Jarret com a música. Confiram, no vídeo abaixo, o virtuosismo de Jarret com o seu trio. Boa audição!


sábado, 13 de agosto de 2016

Bud Shank - (27/05/1926 - 02/04/2009)




Ao lado de Art Pepper e Sonny Criss, Bud Shank foi um dos primeiros saxofonistas da Costa Oeste dos EUA a ser "tocado" pelas inovações de Charlie Parker. Tornou-se um dos grandes promotores da variante do Cool Jazz, que ficou conhecida por West Coast Jazz, corrente dentro da qual marcou o seu nome como um dos grandes sax altos da história do Jazz. Shank foi, também, um exímio flautista, instrumento que dominou desde muito cedo, na Big Band de Stan Kenton (1950/51), tendo se dedicado, ainda, ao clarinete e ao sax tenor.
Tocou com vários dos mais importantes músicos da Costa Oeste, como Gerry Mulligan, Chet Baker, Barney Kassel, Jimmy Giuffre, Shorty Rogers e muitos outros. Foi integrante do famoso grupo Ligthouse All-Stars, de Howard Rumsey. Passando a ser muito solicitado como músico de estúdio, Shank afastou-se do epicentro do Jazz. Fez algumas excursões e participou de alguns concertos, que resultaram em gravações ao vivo de altíssima qualidade. Nos anos 90 gravou "Lost in the Stars" (com Lou Levy), "I Told You So" (com Kenny Barron), "New Gold"  e "Silver Storm" (ambos com Conte Candoli e Bill Perkins). Gravou o album "Brazilliance" com o guitarrista brasileiro Laurindo de Almeida e Gary Peacock no contrabaixo, uma década antes das experiências latinas de Stan Getz, o que nos faz supor ser Shank o pioneiro da Bossa Nova. Shank colaborou com Sergio Mendes nos anos 60 e, em 70 voltou a trabalhar com Laurindo de Almeida, integrando o grupo L.A.4 (de Laurindo) ao lado de Ray Brown (contrabaixo) e Chuck Flores (bateria) substituído mais tarde por Shelly Manne e depois por Jeff Hamilton. No vídeo abaixo,uma faixa  do album citado, "Brazilliance". Boa audição!!!





Terri Lyne Carrington






Uma das mais respeitadas e admiradas bateristas de hoje é Terri Lyne Carrington. O grande baterista Buddy Rich, ficou impressionado, quando a ouviu tocar pela primeira vez, e ela era ainda adolescente e profetizou que ela faria uma sólida carreira musical . Duas décadas depois, Terri já era considerada uma gigante do jazz.. Em 2011 ela criou um conjunto só de mulheres o The Mosaic Project, destacando-se as vocalistas Cassandra Wilson, Dianne Reeves e Dee Dee. Em 2012 o conjunto ganhou o Grammy de Melhor Album de Jazz Vocal. No vídeo abaixo, em que ela homenageia Roy Haynes, acompanhada de Danilo Perez e John Lockwood, podemos apreciar sua qualidade e técnica. Boa audição!


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Muddy Waters





Muddy Waters (14 de abril de 1913, Condado de Issaquena, Mississippi - 30 de abril de 1983, Westmont, Illinois)

Ele sempre foi considerado um dos grandes mestres do Blues, embora dono de uma discografia razoavelmente irregular. Quando o guitarrista albino Johnny Winter resolveu produzir um de seus discos, em 1977, o resultado não poderia ter sido melhor. Botando todos os músicos envolvidos para tocar juntos no estúdio, como em uma gravação ao vivo, Waters e Winter, deram ao disco, uma espontaneidade contagiante e, a sensação de que o blues era, antes de tudo, uma celebração musical, às vezes caótica, mas sempre bela. A faixa de abertura, a antológica "Mannish Boy", confirma o que Françoise Sagan disse certa vez sobre jazz e que cai como uma luva ao blues também: "a música de jazz é uma inquietação acelerada".  Tirem suas próprias conclusões, ouvindo o registro abaixo. Boa audição!


Em tempo: o censo de 1920 (08 de março de 1920), lista Muddy com cinco anos de idade, o que sugere que, seu nascimento pode ter sido em 1914. Já o The Social Security Death Index, contando com a aplicação do cartão da Segurança Social, apresentado após sua mudança para Chicago, em meados de 1940, lista ele como tendo nascido em 04 de abril de 1913. Em sua lápide o ano de nascimento consta como sendo 14 de abril de 1013.

terça-feira, 29 de março de 2016

Thad Jones


O trompetista, compositor, arranjador e diretor Thad Jones, foi um dos músicos mais destacados, da segunda metade do século passado. Além de grande trompetista da era do be bop, dirigiu a Orquestra de Count Basie, após a morte deste - com quem tocou por anos. Também, co-dirigiu a orquestra que viria marcar época com novo som e estilo. Refiro-me à lendária Orquestra Thad Jones & Mel Lewis, com a qual podemos ve-lo e ouvi-lo executando seus próprios arranjos. Boa audição!


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Billie Holiday





"Ninguém canta como eu a palavra fome ou a palavra amor. Sem dúvida, porque eu sei o que há por trás dessas palavras" (Billie Holiday)

Negra, pobre, prostituída, ainda na adolescência, a vida instável, levada entre reformatórios e cabarés das ruas do Harlem, até às casas de espetáculos mais prestigiadas do planeta; entre a fome e a pobreza, o sucesso arrebatador e, a consolidação como a melhor de todos os tempos. Em cada canção, há uma mistura sutil, de diferentes estados d'alma. Billie nunca está totalmente alegre, inteiramente amorosa, ou, completamente abandonada. Sua verdade é bem mais complexa! Teve uma infância humilde e conturbada, fomentada pelo abandono materno. pelas dificuldades financeiras, pelo abuso sexual, pelas várias passagens por reformatórios, pela iniciação à prostituição...Sua mãe, Sarah Harris, muito pobre, separada do marido, não tinha condições de cuidar da filha, deixando-a aos cuidados de sua meia-irmã que, por sua vez, passou Billie, para a responsabilidade de sua sogra. A pequena, futura grande diva do jazz, passou por grande apertos. Mais tarde, Billie voltaria aos cuidados de sua mãe. Nessa época, passou a ajudar sua mãe no restaurante, em Baltimore, foi quando foi abusada sexualmente por um vizinho. Curioso é que, ao invés do estuprador ser penalizado, quem sofreu as consequências foi a vítima - Billie, que foi levada para um reformatório...A história de Billie, é um dramático relato de blues! Na condição de pobre, negra em um país que vivia um período de  segregação racial violento, Billie, para sobreviver, passou a oferecer serviços domésticos a um bordel e, consequentemente, passou a se prostituir. E foi, em um desses quartinhos de bordel, que Billie ouviu pela primeira vez, em uma vitrola, um disco de Louis Armstrong e Bessie Smith. Ali nasceu sua paixão pelo jazz. Bessie e Armstrong seriam suas grandes influências. Billie começou a cantar nesse mesmo bordel, em Baltimore. A história de Billie é longa e apaixonante...Uma de suas canções que eu mais gosto é "Strange Fruit", uma composição de Lewis Allan - pseudônimo do escritor Abel Meeropol, um judeu comunista que morava em Nova Iorque. Esta canção ficou eternizada na voz de Billie em 1939. A canção relata, como nenhuma outra, a grande violência impingida aos negros e, tornou-se um símbolo da luta contra a discriminação racial nos EUA. O "fruto estranho", citado na canção, faz alusão aos linchamentos ocorridos, principalmente no sul dos EUA, onde os corpos dos negros linchados, ficavam expostos, pendurados em árvores. O mais assustador é ver fotografias dessa época e perceber, com que naturalidade, as pessoas ficavam "admirando" os cadáveres pendurado... Em 2012, foi lançado, aqui no Brasil, o livro "Strange Fruit: Billie Holiday e a radiografia de uma canção", escrito pelo jornalista David Margolick, com tradução de José Rubens Siqueira, e que reflete sobre a emblemática canção naquele momento em que foi lançada e todo o seu contexto histórico ligado ao período da segregação racial nos EUA. Bem, só nos resta agora, ouvir Billie...Boa audição!




Freddie Hubbard,



O trompetista FREDDIE HUBBARD, máximo expoente do hard-bop, não necessita de grandes introduções, pois, sem dúvida alguma, foi um dos mais importantes trompetistas do jazz moderno. Sua morte, há 7 anos atrás (28/12/2008), representou uma grande perda para o jazz. Nesse vídeo abaixo, Freddie Hubbard presta uma homenagem ao grande Clifford Brown, interpretando, magistralmente "I Remember Clifford". Boa audição!